terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Amor Aeternus

Predispus-me hoje a falar de um assunto, ou melhor de um sentimento disfarçado de vida, ou se quisermos até, de uma vida disfarçada de sentimento. Uma força que nos impele a fazer coisas que nunca pensámos fazer, uma viagem que nos leva a quebrar leis e vontades adquiridas ao longo de todo o processo de privação de tal rejubilo.

Desconfio que a designação de tal substantivo abstracto, às vezes concreto e outras até pessoal, já é conhecida por todos vós; refiro-me, portanto, ao amor!

Analisando as letras que fazem parte desta simples e complexa palavra, constato que esta possui 2 consoantes e 2 vogais, um paralelismo com os sexos feminino e masculino, cujas personalidades visitam cada som vinílico do a-m-o-r de uma forma terminantemente diferente. Será esta assumpção correcta ou é apenas uma coincidência inusitada?

Vou descortinando alguns significados pendentes dos sons apocalípticos que me chegam; sim, porque no amor não há fronteira, não há caminho certo nem errado, mas certamente existe um campo de batalha, no qual somos atacados e abençoados de todas as frentes.

O amor é uma fortaleza paradoxal, que se construído em pilares de areia ao menor obstáculo desmorona. É realmente confuso, este sentimento capaz da escuridão e da luz num segundo apenas. Contudo não devemos teme-lo... é a coisa mais bela da nossa pequena existência!

É um estado de espírito que implica uma panóplia extraordinária de sentimentos, sentimentos capazes de nos catapultarem para o céu ou de nos impingirem uma gravidade avassaladora.

Amar é ter ânsia de rever a outra pessoa, o sentimento de falta que nos persegue e nos come por dentro, apenas e só pela vontade insuperável que é ver a nossa cara metade; é saber que a nossa alma gémea é a nossa melhor metade, fazendo-nos pessoas melhores a cada momento passado, a cada beijo tomado; é ser louco, é amar a um ponto de loucura não obsessiva, é viajar no pensamento com a necessidade de um abraço; é ser compreensivo, paciente e carinhoso, pois sem eles não haverá amor, existirá apenas fogo de paixão, essencial ao amor, mas este desprezável à paixão; é ter saudade sempre, há palavra mais bela que saudade? Tão forte, tão real e ao mesmo tempo inverosímil... Amar, mas verdadeiramente amar é ter a certeza que esta vida não chega para satisfazer o desejo de partilha, de união e companheirismo...

Viajando pelo mundo abstracto, e como romântico que sou, tendo a ter uma visão muito particular dos pequenos pormenores, que nem sempre me levam por bons caminhos e por boas interpretações, mas que fazem inevitavelmente parte de mim (organismo vivo) e de umas quantas luzes cerebrais muito próprias.

Empurrado por algumas sinapses cantantes, eis que dou por mim entoando, tal tritão errante, uma frase solta que resume, de uma forma notável o meu sentimento sobre todo este assunto chamado amor:

"The greatest thing you'll ever learn is just to love and be loved in return!"

3 comentários:

Ava disse...

"."É um estado de espírito que implica uma panóplia extraordinária de sentimentos, sentimentos capazes de nos catapultarem para o céu ou de nos impingirem uma gravidade avassaladora."

Talvez por amar tanto, tenha eu escolhido o nome Avassaladora!

Seu texto é um vulcão de paixão!
Adorei!
E como não agradecer a vc tanto carinho...
Obrigada!


Beijos avassaladores!

Ava disse...

"É um estado de espírito que implica uma panóplia extraordinária de sentimentos, sentimentos capazes de nos catapultarem para o céu ou de nos impingirem uma gravidade avassaladora."
Seu texto é um vulcão de emoções!

Lindo e forte!
Talvez por amar tanto, tenha eu esolhido o nome Avassaladora...res

Agradeço pelo carinho.´Será sempre um prazer te ceber...


Beijos avassaladores!

Anónimo disse...

Sem dúvida que se a Catarina, foi abençoada com um rapaz assim tão romântico, alguma coisa boa ela fez.
Adorei o teu texto. Percebi tudo na tua linguagem tão complexa que por si só define o amor.
Voltarei. :)